História de Camaçari é tema de filme

Qua, 05 de Maio de 2010

A peça teatral que retrata a história de Camaçari, originalmente encenada por mais de mil artistas do Município e exibido para mais de 15 mil pessoas, brevemente se transformará em longa metragem. O espetáculo A Caminho da Ternura é de autoria do diretor de teatro e secretário de Relações Internacionais, Ivanildo Antônio.

O filme terá roteiro e direção de Ivanildo Antônio, a trilha sonora será de Chico César, Bule-bule e Novos Baianos. A preocupação de valorizar os artistas locais e instituições municipais é um dos objetivos do diretor. “Camaçari é um patrimônio da humanidade. Contar essa história será um privilégio”, afirma Ivanildo.

Para produzir o longa, o cineasta baiano radicado nos Estados Unidos, Walter Webb, foi convidado e confirmou participação no filme. O produtor visitou o Município, onde fez uma visita a Cidade do Saber, um dos maiores complexos integrados de esporte, cultura e lazer da América Latina, ficando encantado com as instalações do local.

Com base neste objetivo, o artista camaçariense Djauá participará do longa. As instituições Bamuca, Chegança de Arembepe, Boi Parafuso, TAC (Teatro Amador de Camaçari) serão retratadas no filme como patrimônio do Município.

 A PEÇA

A peça incluiu 74 oficinas culturais, realizadas em 48 comunidades de Camaçari, com a participação de 100 índios tupinambás, 70 policiais, representantes de moradores de rua, ex-presidiários, professores e empresários de todo o município. Todos selecionados através de oficinas teatrais. 

A obra conta a trajetória de Camaçari desde a vinda dos jesuítas até os tempos atuais e é dividida em três momentos. No primeiro, o espetáculo retrata a história da chegada dos jesuítas e o massacre dos índios na antiga Vila de Abrantes. No segundo momento, o espetáculo aborda a temática dos anos 60, representado pelo movimento Hippie e Os Novos Baianos.

No terceiro, o espetáculo retrata a implantação do Pólo Petroquímico e a Camaçari contemporânea, com abordagens atuais. Para Ivanildo Antonio, o diferencial do espetáculo é que foi feito “com a comunidade e para a comunidade”. Segundo ele, é desta forma que os trabalhos para produção do longa metragem serão conduzidos, com seleção de artistas locais através de oficinas de cinema que serão iniciadas no início do segundo semestre.