Durante Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores, o vereador Cléber Alves (PT), abordou mais uma vez a questão da pedofilia dentro da igreja católica. Para ele, o problema está no celibato. “Vamos fazer como nas igrejas evangélicas. Se o padre casasse, tivesse filhos, mulher e famÃlia, isso não aconteceria”, sugeriu, afirmando que também é função da Casa Legislativa entrar nesse debate. “A polÃtica que não entrar nesse debate é omissa”, disse relembrando um discurso muito comum dentro da igreja: “O homem foi feito para a mulher”.
Para explicar a possÃvel relação entre o celibato e pedofilia, o Camaçari Fatos e Fotos entrevistou o Padre Jorge, da paróquia de São Miguel (Praça Montenegro). “É verdade, o problema da pedofilia”, iniciou o clérigo, “mas é um perceptual mÃnimo: somos 400 mil padres e os pedófilos representam 0,002%”, falou, explicando que a Igreja tem feito o máximo para corrigir a situação.
Quanto ao celibato, Pe. Jorge explicou que “é uma norma estabelecida pela igreja”, para que o padre possa ter total liberdade para o serviço religioso, sem precisar dividir sua atenção entre esposa, filhos e os cuidados inerentes à uma famÃlia. “Eu estou feliz com o celibato e se a Igreja liberasse, acredito que a maioria dos padres não seguiria”, ponderou. “Celibato é o modelo de vida de Jesus, que também não teve esposa, dedicando sua vida ao santo serviço”, arrematou.
Para fechar a questão, Pe. Jorge citou a Igreja Católica Oriental, onde, segundo ele, o celibato não é obrigatório: “lá existe mais problemas que aqui, então não é celibato”, concluiu.

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